Oscar Esteves apresenta música sertaneja de raiz esta noite na Esalq


(Imagem: Divulgação)

Por Naiara Lima

Sertanejo universitário é uma definição que cabe bem ao estudante de Engenharia Florestal, cantor e músico Oscar Esteves. O termo não define apenas seu estilo, mas também se dá pela associação de ser um esalquiano que canta sertanejo. 

Na noite desta quinta-feira (22), às 20h, no Salão Nobre da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), ele apresentará clássicos da vertente de raiz. Com entrada gratuita, o evento faz parte da 21ª Semana de Arte e Cultura da USP e da 26ª Semana Cultural da Esalq.

Natural de Anhembi (SP), o cantor está prestes a completar 22 anos de idade. Já tem um disco lançado, Balada Sertaneja (2012) e se dedica à música, tocando em rádios. Seu repertório inclui Renato Teixeira, Almir Sater, Pena Branca e Xavantinho, além de canções pantaneiras, sucessos do sertanejo e modão de viola. "Quem gosta de música raiz que fala do sertão irá curtir o programa preparado para a Esalq", garantiu Oscar ao PiaparaCultural. Confira a entrevista completa com o músico.

O que vislumbra na carreira musical? Tem algum projeto a caminho?
Temos um projeto um pouco maior para o final do ano. Vou gravar ao vivo e em estúdio músicas sertanejas mais contemporâneas, que o pessoal chama de sertanejo universitário. Ou seja, são canções com essa mistura de ritmos. Tem pop, tem rock, tem a viola e vários instrumentos. E há várias gerações da música que trazem referências de todo canto e que viram o que chamamos de sertanejo universitário – pelo menos, é essa a minha definição. 

Esse é o segmento em que sigo artística e profissionalmente nos dias de hoje. Vamos desenvolver esse trabalho com a ideia de lançar no começo de 2017. Pretendo tocar em rádios e lançar material de divulgação na internet.

Como a música entrou em sua vida?
Minha relação com a música começou quando eu tinha uns 13 anos e aprendi a tocar violão. Depois comecei a cantar, a gostar de fazer aulas de canto e a participar de um grupo vocal. Para aperfeiçoar as minhas técnicas vocais. Nesse meio tempo, passei a fazer shows sertanejos, rodeios, festas universitárias, virada de ano... Vários eventos no segmento, e lancei um CD também, há quatro anos. Desde então, graças a Deus, tenho tocado nas rádios, fiz clipes. 

Engraçado que na minha família não há músicos ou cantores. Sempre teve quem gostasse de música, mas não que praticasse algum instrumento. O sertanejo no interior é muito forte. Além disso, lembro que minha mãe acordava e já ligava o rádio... Aquele negócio de interior mesmo, que acaba passando uma coisa boa sobre a música caipira, e até outros estilos. Eu sou bem eclético. Acho isso algo bacana, e tento levar para os meus discos essas várias referências para fazer um som diferente, o melhor possível.

Na Esalq, você irá tocar obras de outros compositores, músicas de raiz. Qual será o repertório e o seu significado?
Para essa data especial na Semana de Cultura da USP, preparei um show que não costumo fazer, mas que sempre quis. Uma oportunidade pela qual agradeço muito. São músicas que toco com amigos, com a família, aos finais de semana na minha cidade. Canções que são referência para a gente, aquelas que contam a vida do sertanejo, acordes simples, sem nada muito fino, mas que conseguem transmitir uma mensagem boa e a emoção do campo. São músicas que falam do dia a dia no campo, de animais, da natureza, do ambiente bucólico. Também falam de amor, mas o amor sertanejo, misturado com os elementos da natureza, cultuando os elementos da natureza. Acho sensacionais, pois são simples, mas passam uma mensagem! Para mim, é bastante especial, pois é o que cresci ouvindo.

Fale de seu lado universitário.
Estou no quarto ano de Engenharia Florestal. Acabei escolhendo a Esalq por influência de ex-esalquianos e um pessoal ligado ao meio musical, como a Débora, esposa do professor João Luiz Batista – ela foi a minha professora de canto (também é formada pela Esalq). Teve vários outros motivos... Eu frequentava a Empem [Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle] e via a movimentação na escola e também os corais da Esalq. Pretendo me formar o ano que vem, se tudo der certo!

Serviço

Show de Oscar Esteves
21ª Semana de Arte e Cultura da USP e 26ª Semana Cultural da Esalq:
Quando: Hoje
Horário: 20h
Local: Salão Nobre da Esalq
Endereço: Av. Pádua Dias, 11 – prédio principal
Grátis
Informações: (19) 3429-4392

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