Traditional Jazz Band toca no Sesc Piracicaba este domingo

Divulgação

Por Henrique Inglez de Souza

A Traditional Jazz Band vem a Piracicaba neste fim de semana para apresentar grandes mestres do jazz, como Fats Waller, King Oliver, Louis Armstrong, Jelly Roll Morton, Duke Ellington e Count Basie. O show será às 16h, na Comedoria, do Sesc Piracicaba. A entrada é gratuita. 

Com cinco décadas de estrada, o grupo conta com Austin Roberts (trompete), Marcos Mônaco (clarinete, sax-alto, sax-tenor, sax-soprano e flauta), William "Willie" Anderson (trombone), Edmundo (Edo) Callia (piano), Eduardo "Dudu" Bugni (banjo e violão), Carlos Chaim (contrabaixo) e Alcides "Cidão" Lima (bateria e washboard). Desde 1964, ano de sua fundação, a trupe lançou 23 álbuns e participou de festivais no Brasil e no mundo.

A seguir, leia o papo que tivemos com Cidão.

Na apresentação de Piracicaba, vocês contarão com o Fernando Seifarth. O que estão planejado para o encontro?
Sim, o Fernando, além de grande amigo e ótimo músico, é um convidado sempre especial da banda. Planejamos de ele tocar conosco quatro ou cinco temas em que iremos explorar o estilo cigano do jazz – que ele e seu grupo fazem muito bem.

Vendo de fora, qual é a imagem de Piracicaba em relação ao jazz?
A imagem é das melhores, pois Piracicaba promove festivais e concertos de jazz que não vemos com a mesma frequência nos chamados grandes centros. O publico local é culto e gosta do jazz tradicional que executamos. Já tivemos provas disso em outras apresentações de que tivemos o prazer de participar. A cidade é cortada pelo rio Piracicaba, que nos leva a Nova Orleans, a qual é cortada pelo rio Mississippi.

Vocês começaram em uma época de explosão cultural, muito diferente de hoje. Qual é o perfil do público novo da TJB?
A TJB tem o maior orgulho em desmistificar a imagem de que o jazz é só para iniciados e pessoas acima de 40 anos de idade. Em nossos shows aqui no Brasil, contamos com uma plateia bastante diversificada no quesito etário, que vai desde crianças aos mais idosos. A TJB existe há 52 anos. Começamos em 1964, ano bastante conturbado politicamente e socialmente falando, e estamos até hoje fazendo amigos onde quer que nos apresentemos.

Em mais de cinco décadas de história, o que não faltam são experiências. Que tipo de coisa inusitada já viu?
Uma experiência marcante foi em 2014, quando participamos de um festival de música jovem ao ar livre em Santa Catarina [EUA]. Tocamos logo após o Moraes Moreira, que arrebentou com sua arte. Quando iniciamos a nossa apresentação, com blues e temas das big bands, a plateia veio abaixo nos aplausos, e gritava: "É disso que gostamos. Não parem, por favor".

Por que o jazz é apaixonante?
O jazz é apaixonante porque, tanto para quem executa como para quem ouve, cria uma magia que contamina a todos – daí Louis Armstrong tê-lo definido como a música do planeta Terra. Ele não é passageira, veio para ficar para sempre!

Para aquecer, confira a Traditional Jazz Band em ação.
 

Comentários

Postagens mais visitadas