Soulfly no Brasil: "Vamos tocar de tudo", anuncia Max Cavalera


Max Cavalera, à frente (divulgação/Nuclear Blast)

Por Henrique Inglez de Souza

O Soulfly volta ao Brasil no início do mês que vem, trazendo a turnê de seu mais recente álbum, Archangel (2015). A banda liderada por Max Cavalera terá a seguinte agenda: Florianópolis/SC (06/04), Rio de Janeiro/RJ (07/04), Fortaleza/CE (08/04), Ribeirão Preto/SP (09/04) e São Paulo/SP (10/04). 

"O show está do caramba", celebrou Max ao PiaparaCultural. "Estamos superafiados. Tocamos sete semanas na Europa, fomos para a Rússia, onde foi monumental! E estamos com uma formação nova, com o Mike Leon, que era do Havok, no baixo. É um moleque que faz thrash, é cabeludo e agita pra caralho. Trouxe sangue novo ao Soulfly. E temos também o Marc [Rizzo], guitarrista foda, e o meu filho Zyon na bateria."

O repertório promete ser bem abrangente em relação à discografia do quarteto surgido em 1997. "São cinco músicas do Archangel e um pouco de cada álbum, do Primitive [2000], Prophecy [2004], Dark Ages [2005]... Tocaremos clássicos do Sepultura, Arise, Troops of Doom, Refuse/Resist..., e até, como uma homenagem ao Lemmy, temos feito Ace of Spades, que eu acho superlegal", completa. 

A amizade entre Max Cavalera e Lemmy Kilmister, o líder do Motörhead, morto em 2015, era antiga. No final dos anos 1980, o Sepultura embarcava em sua primeira turnê internacional. Durante uma parada em Londres, a banda foi curtir uma noitada em um pub e coincidentemente esbarrou com o lendário baixista e vocalista inglês. O brasileiro, ao se apresentar, acabou recebendo um antipático banho de uísque na cabeça. Tempos depois, ambos se aproximaram e estabeleceram uma amizade. O quarteto do Brasil até executava Orgasmatron, do Motörhead. Portanto, o tributo que o Soulfly faz é mais que pertinente.

"O lance legal da minha amizade com o Lemmy é que não era aquela coisa de baba-ovo. Nunca fiquei meio que o chamando de Deus, nada disso! A minha amizade com ele era diferente da de qualquer outra pessoa. Teve treta entre nós no começo, mas depois ficou legal. Eu o considero o vovô do thrash metal, dessa música que a gente toca. É o cara que criou tudo, né." 

Entre as datas do Soulfly no país há lugares em que irão pela primeira vez, tais quais Florianópolis e Ribeirão Preto. Sobre o interior paulista, Max não economizou na empolgação: "É foda, cara!". "Lembro que o Sepultura em Araraquara foi um dos shows mais animais que eu já fiz, até hoje. E acho que o de Ribeirão Preto será mais um para a coleção de performances animais". 

Se você não puder ir a alguma das apresentações do Soulfly pelo Brasil, há uma esperança. Na metade deste ano, Max e Iggor Cavalera recolocam o Cavalera Conspiracy na estrada. A ideia é executar na íntegra Roots, célebre álbum do Sepultura. Lançado há 20 anos, foi o derradeiro trabalho a contar com os dois irmãos. "Essa turnê começará pelos Estados Unidos e depois irá para a Europa. Espero que também dê para passar pelo Brasil, até o fim do ano."

Comentários

  1. Isso mesmo,a galera aqui em bh esperando.... E vcs não vem.... Tá foda

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  2. Isso mesmo,a galera aqui em bh esperando.... E vcs não vem.... Tá foda

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