Cia. do Tijolo inicia neste fim de semana a programação de agosto do Garapa
A programação de agosto no Ponto de
Cultura Garapa começa com a Cia. do Tijolo (São Paulo). Na sexta-feira (5), às
19h, acontece a oficina Ocupe Depois Se Vire, com o ator e diretor Dinho Lima
Flor. No sábado (6), às 20h, o mesmo artista encena o espetáculo Ledores
no Breu, baseado na obra de Zé da Luz e pensamentos de Paulo Freire. No
domingo (7), às 19h, o grupo inteiro chega a Piracicaba para apresentar o
musical Cante Lá Que Eu Canto Cá, inspirado na vida e obra de Patativa
do Assaré.
Ocupe
Depois Se Vire
Não basta apenas atravessar uma rua ou
entrar na sala onde se realizarão os trabalhos de ensaio e de atuação. É preciso
conversar com esses lugares, passar de uma simples observação para avançar em
descobertas e criação de camadas de significado. Na oficina, Dinho Lima Flor apresenta
um pouco de sua experiência na composição do espetáculo Ledores no Breu, cujo desafio
é ocupar.
O trabalho visa treinar o olhar para a ressignificação dos espaços
físicos. Parte de uma pesquisa corporal, sonora e imagética em instâncias diferentes:
o ser do interprete consigo mesmo; o ser em relação ao espaço da sala de
ensaio; o ser em relação ao outro; e o ser em relação ao espaço externo da rua.
Quando: 05/08 (sexta)
Horário: 19h
Ingresso: R$ 5
Informações e reservas:
contato@pontogarapa.com.br ou (19) 3377-2001
Divulgação |
Ledores
no Breu
O que é ser analfabeto em grandes
cidades do país? Qual o valor da palavra neste mundo que vivemos? O espetáculo
com Dinho Lima Flor levanta essa e outras questões com histórias de pessoas que
não sabem ler as letras. Ledores no Breu é baseado no poema Confissão de Caboclo, de Zé da Luz, no
ficcionista Guimarães Rosa e no pensamento do educador Paulo Freire. Trata das
relações entre o homem sem leitura nem escrita e o mundo à sua volta.
São histórias
que acompanham tantos leitores na escuridão, analfabetos em pleno século 21,
que percorrem distâncias para elucidar suas dúvidas. Um homem que, por não
poder ler as letras, comete um crime contra seu amor e contra si mesmo; outro
homem que desperta para as artimanhas e dubiedades da palavra; alguém que
reinventa o afeto a partir das letras que formam um nome. Personagens que, a
partir de suas relações com as letras e as palavras, tem sua vida profundamente
transformada.
A peça busca desenvolver uma reflexão
sobre o acesso à cultura como forma de emancipação por meio do domínio da
escrita. Histórias sobre analfabetos, analfabetos funcionais e aqueles que são
os alfabetizados nas letras e no dinheiro, mas que não conseguem se alfabetizar
para o afeto e para a vida. A direção é de Rodrigo Mercadante.
Quando: 06/08 (sábado)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20
(inteira)
Informações: (19) 3377-2001
Divulgação |
Cante
Lá Que Eu Canto Cá
O musical é composto por histórias de
amor e causos de justiça e injustiça. São contados, cantados e dançados
inspirados na vida e obra de Patativa do Assaré. O poeta cearense foi um homem
politicamente engajado na construção de uma sociedade em que o povo assume seu
lugar de sujeito do processo histórico.
A atmosfera de Cante Lá Que Eu Canto Cá
assemelha-se ao quintal de uma pequena casa do interior. O espetáculo fala de
Mané Besta, que perdeu seu grande amor porque não conseguiu enxergar seus
olhos; das mãos calejadas e das mãos preguiçosas de vergonha alheia; da cabeça
que pensa onde os pés pisam; das reflexões do poeta e da arte de versejar; do
coração que segue caminhos enviesados; do homem que tem por natureza os
caminhos migrantes e uma pátria chamada sertão. Clássicos como ABC do Sertão e Pau de Arara, de Luiz Gonzaga, e Feira de Mangaio, de Sivuca, fazem parte do repertório. A direção é
de Dinho Lima Flor e Rodrigo Mercadante.
Quando: 07/08 (domingo)
Horário: 19h
Ingressos: R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20
(inteira)
Informações: (19) 3377-2001
Ponto
de Cultura Garapa
Rua Dom Pedro II, 1.313 – Alto
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