Victor e o Gramofone: "Uma mensagem simples é mais direta", diz Phill Prates


Débora Rofatto

Por Henrique Inglez de Souza

O Victor e o Gramofone lança a versão física de seu homônimo EP de estreia nesta quinta-feira (25), no Sesc Piracicaba (rua Ipiranga, 155 – Centro). Phill Prates (bateria, ukulele, vocal), Fabíola Perón (vocal), Matheus Stockmann (guitarra, vocal) e Raul Stockmann (baixo) apresentam-se a partir das 20h, na Comedoria. O show é grátis. Para aquecer, ouça as faixas neste link e confira a entrevista que fizemos com Phill Prates.

O quanto muda a banda do EP da que sobe ao palco, em termos de arranjos e sonoridade?
Tentamos tocar o mais próximo possível do que foi gravado. Os arranjos não mudam tanto. O que costumamos fazer é deixar o show um pouco mais livre em relação aos solos e aos finais das músicas.

O ukulele é uma marca registrada da atualidade nas pinceladas folk dos mais variados estilos. No caso do Victor e o Gramofone, qual é o papel desse instrumento?
O ukulele traz uma nova textura, uma nova cor, um novo timbre. A ideia não é usá-lo em todas as músicas, e nem o tempo todo. Ele traz uma mudança de ambiente e de clima ao nosso show, permitindo uma espécie de “respiro”, de “reflexão”, à atmosfera animada e alegre do resto da apresentação.

Capa do EP de estreia da banda
A simplicidade adotada por vocês para as canções tem origem no quê, exatamente?
Entendemos que uma mensagem simples é mais direta. Ela chega ao objetivo de uma forma mais rápida e sem rodeios. Vai direto ao ponto! Primamos, muitas vezes, pela simplicidade para que a canção como um todo toque a quem escuta.

Ficou bom o jeito como dosaram os três vocais no contexto das faixas. Rendeu um preenchimento saboroso às músicas, levando em conta justamente sua simplicidade.
Muito obrigado! Ficamos felizes que tenha sentido isso, e ainda gostado! Desde o começo da banda, sempre optamos por termos algumas músicas sem um vocal principal, mas, sim, com várias vozes caminhando juntas. Isso as torna um pouco mais vibrantes, contagiantes e divertidas. Adoramos cantar todos juntos!

A opção por cantarem em inglês é meramente uma questão estética ou há uma intenção em especial, tal qual tentar o mercado exterior?
Acreditamos que, neste momento, a música em inglês vá mais além, pois é uma das línguas mais faladas no mundo. Outro motivo é que atualmente nos sentimos mais confortáveis compondo em inglês. Sobre o mercado exterior, as faixas já estão sendo tocadas e vendidas em alguns países, mas queremos ampliar, sim, a nossa atuação.

Embora o início da grande maioria das carreiras seja indefinido, no que diz respeito a uma identidade própria, o que considera eco das influências de cada integrante e o que é genuíno do Victor e o Gramofone? 
O eco das influências de cada integrante são os diversos estilos que cada um traz de suas experiências, como o rock, o blues, o jazz, a música brasileira e o pop. O que consideramos genuíno é a mistura de tudo isso dentro da simplicidade que adotamos, das melodias fáceis e das letras com alegria sobre temas do cotidiano, da mudança de postura, das reflexões e dos entendimentos de que as respostas para tudo na vida estão dentro de nós.

Poucos meses depois do lançamento do EP, vocês disponibilizam a versão física. Qual será o percurso até um álbum completo? Ainda não sabemos ao certo em relação ao álbum completo. Além das cinco faixas do EP, já temos mais de 15 prontas, as quais tocamos em shows, e algumas ainda a serem trabalhadas. A ideia é entrarmos em estúdio no semestre que vem para gravar essas que estão prontas.

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