Eddie Fernan apresenta seu segundo álbum este domingo no Sesc Piracicaba

João Leopoldo Padoveze/Divulgação

Por Naiara Lima

Ainda criança, Eddie Fernan brincava com instrumentos fabricados pelo avô. Suas referências múltiplas o fizeram trilhar por diferentes caminhos e abraçar a MPB. Ao se tornar vocalista de uma banda, começou a rabiscar canções. Desde então, assumiu seu lado compositor. 

Atualmente divulga o segundo álbum da carreira solo, Ciclo (2015). E é esse o espetáculo que irá apresentar neste domingo (19), às 16h, no Sesc Piracicaba. A entrada é gratuita. Contará com as participações de Gustavo Spínola e dos músicos Denis Talasso, Eduardo Belloni, Felipe Fidelis e Hélio Cunha. 

Eddie conversou com o PiaparaCultural. Confira!

Em uma entrevista recente, você contou que o nome Ciclo veio de uma música que trata do ciclo natural de vida e morte. É um tema bem filosófico. O que significa em sua carreira?
Vamos lá, Ciclo é uma música que traz um olhar otimista sobre a vida, e tem leve toque de romantismo. A palavra “ciclo” propriamente dita não aparece na canção. Como no final da letra há uma relação entre a semente que morre e que volta a germinar, resolvi batizá-la com esse título. 

Não só na minha carreira, como na vida, esse tema nos envolve – desde o micro ao macro. O sol se põe e dá lugar à lua, o outono se vai e vem o inverno... e tudo se transforma. Vamos mudando com as diferentes percepções que isso nos proporciona.

Você não gosta muito de rotular a sua música, mas diz que, se fosse para categorizar, seria no que chamam de nova MPB. Quais são as suas referências e como chegou ao seu som?
Sim, realmente acho que rótulos limitam – quase que te obrigam a ficar no mesmo lugar. Porém, também entendo que as pessoas precisam de referência. Minhas referências, inicialmente, foram o rock pop dos anos 1980. Mais tarde, me envolvi com a MPB, principalmente por causa do Djavan. Hoje ouço diversas coisas – Lenine, 5 a Seco, Tiago Iorc –  e gosto muito de black music. 

Já toquei outros gêneros, como rock, pop, soul e funk. O meu estilo encontrei experimentando. Não tem outro jeito! Entre erros e acertos, fui filtrando e vendo de que forma a minha voz se encaixava melhor e como me sentia mais confortável. Não é que ainda não esteja totalmente maduro, mas estou convicto de que trilho o caminho certo. Por isso, do primeiro disco para Ciclo, há um salto relevante.

Como vê o espaço para a música autoral, especialmente a MPB, no interior de São Paulo?
São muito raros os espaços para a música autoral, principalmente no interior de São Paulo. Existe um monopólio cultural, as pessoas se fecham e só ouvem um determinado estilo. Não se abrem ao novo. É claro que existem exceções: o público do Sesc, por exemplo, é sempre bastante carinhoso e generoso com o artista autoral.

Serviço

Eddie Fernan – Ciclo
Quando: domingo (19/06)
Horário: 16h
Local: Sesc Piracicaba (Comedoria)
Endereço: Rua Ipiranga, 155 – Centro
Informações: (19) 3437-9240
Grátis

No vídeo abaixo, veja Eddie Fernan em ação.
  

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